Toma-me de assalto o anseio
Combustão no agora
Acúmulo do inflamável
Fogo derradeiro
Batize fogo! E a tua luz que é dança e cor
Reparta-me as nervuras, fibras de ânima selvagem
Voraz de toda a febre e trangressor que sou
De tuas chamas
Acione os teus demônios, anjos, santos
Vença-me depois
Por hora, consome-me ainda e vejo-te rubro
Transfugido em meu sangue que ferve
E rasgo-te a música e te estala descontentamentos
De escurecer-te o cerne
Onde a matéria imprimi os laços
De nossas mãos tão próximas
E nada mais
devasta
Fogo insano desnudo-te das véstias de tuas falsas luzes
Quando sombras mais altas que as tuas trevas
Tentam amputar as glórias de minhas armas de sol
Encerro-te fogo, com as tuas ilusões e devaneios
Na perpétua luta que travamos pelo incerto
Em nossa máquina de consumir e consumir-se
Até o ermo