sexta-feira, 2 de agosto de 2013

poema inédito "LUZ", sobre catálogo da exposição de Waldemar Cordeiro

[transcrição]


Foi preciso desfibrar
O aqueduto das horas
E suas espécimes raras
Todas com nomes estranhos
Cheirando a nada

Marcadas

À ruptura do fogo
E à densidade da água

Num movimento de espectros
Nascendo

Numa analogia de contrários
Ou de uma antologia de silêncios

Quando o ar
Cai por terra
E gera o mar

Ou um reflexo desértico
Ou simplesmente
Uma nova esfera
onde marcaremos,

Sabe-se lá Deus,

O que iremos querer