poema inédito "LUZ", sobre catálogo da exposição de Waldemar Cordeiro |
[transcrição]
Foi preciso desfibrar
O aqueduto das horas
E suas espécimes raras
Todas com nomes estranhos
Cheirando a nada
Marcadas
À ruptura do fogo
E à densidade da água
E à densidade da água
Num movimento de espectros
Nascendo
Nascendo
Numa analogia de contrários
Ou de uma antologia de silêncios
Quando o ar
Cai por terra
E gera o mar
Ou um reflexo desértico
Ou simplesmente
Uma nova esfera
onde marcaremos,
Sabe-se lá Deus,
O que iremos querer