domingo, 26 de julho de 2015

quatro cantos sobre labirintos

dentro da estrada
minhas memórias
curvas
se esquecem
dos mapas

seguir é suar
até secar as lágrimas

***

nenhuma nuvem
no céu sabe
nenhuma árvore
ou sombra
tudo ficou gravado
rasteiro
como um silêncio
áspero
na garganta

***

a descaracterização da espada

lâmina enterrada
seja em terra ou carne,
no lanho da madeira
ou nos músculos da pedra
sempre prefere o ar
como boca predileta
onde cantar

***

denro do escuro
qualquer canto
é mudo