um templo e um monge
sobre a calda do piano
velho e de pedra:
de mármore empoeirado,
suas teclas nuas
densas de vento.
rio represado pela falta
de dedos vibrando as cordas,
não acorda a árvore sonâmbula,
a pintura na parede,
o vaso sobre a moldura,
a nuvem sobre a chama
do som que lembra algo,
neste assobio entre frestas.
música,
é impossível lembrá-la,
por mais que vibre.
lágrimas, impossível
contê-las, como um bonsai
florido.